sexta-feira, 29 de julho de 2016

Boatando as coisas em dia

     Já faz muito tempo que não escrevo, né? Gostaria de dizer que ando bem ocupada, mas não é inteiramente a verdade. Tenho gastado meu tempo vendo seriados entre outra futilidades e sempre me sentindo culpada por não estar fazendo nada de útil. Isso não significa que os últimos meses foram um mar de rosas.
     Já tem quase 5 meses que a minha universidade está em greve. CLARO que não peguei num só livro pra estudar, adiantar matéria ou ao menos rever matéria do período anterior. Mas, o que eu tenho feito de fato?
     Então, hoje estou numa situação um pouco complicada. Longe da minha casa espiritual há 1 mês e sentindo falta. Longe da casa da minha mãe pelo mesmo período de tempo. Estou esse mês na casa do meu namorado e de certa forma numa correria tremenda. Ele foi transferido, está agora trabalhando a 50km de casa de segunda à sexta. Essa viagem é um tanto exaustiva para ele e eu acabo ficando muito sozinha em casa.
     Tenho aproveitado esse tempo para procurar casas e apartamentos para morar na cidade em que ele está trabalhando, mas tem sido bastante complicado achar algo que agrade aos dois e a situação financeira. Pela graça de Deus tenho todo o apoio da minha mãe (financeiramente e emocionalmente) para tomar qualquer decisão que eu e meu namorado acharmos melhor.
     Mas tô com viagem marcada com a minha mãe e isso acaba adiando um pouco os planos de mudança e fiquei sabendo recentemente que a minha universidade talvez saia da greve, ou não.
     Mas enfim, o blog não é exatamente sobre isso, né? Aproveitei que agora não posso controlar nada e tenho que deixar tudo nas mãos de Deus, pretendo voltar ao assunto principal do blog. Com toda essa mudança acontecendo na vida minha e do meu namorado, consigo ver a quantidade de coisa que não usamos, mesmo achando que temos poucas coisas aqui na casa dele.
     Comecei a revirar os armários e encontrei uma sacola de roupas que separei uns tempos atrás pra doação e acabei não doando. Fui muito influenciada por Daniela Kopsch ( https://lessisthenewblack.com.br/ ) e Marie Kondo (autora do livro A Mágica da Arrumação). Mas depois não achei a quem doar e também tive um pouco de receio depois de ver um vídeo sobre o real destino de muitas das peças (link: https://www.youtube.com/watch?v=onD5UOP5z_c&index=6&list=WL ). Então resolvi repensar mais a fundo ainda minha situação com as minhas roupas.
     Aí li uma frase da Cristal Muniz que dizia: Não comprar é, muitas vezes, o ato mais sustentável que você pode tomar. ( http://www.umanosemlixo.com/2015/11/como-ter-um-guarda-roupas-mais-sustentavel.html )
     Olhando aquele saco enorme de roupas e pensando nessa frase comecei a pensar o que deveria fazer. Haviam peças novas, em bom estado e que ainda me serviam e caiam bem. Estavam no saco apenas porque, por algum motivo, elas não me trazem mais felicidade. Mas jogá-las fora, não saber o paradeiro delas, não saber o impacto ambiental que elas poderão causar? Me traz menos felicidade ainda.
     Não preciso de coisas novas, apenas aprender a usar o que já tenho. E se tenho demais? Paciência, usar até gastarem por completo, e se não servirem mais pra usar? Fazer o que o meu namorado deu a ideia, cortar em tiras e usar como pano para tirar pó, lustrar móveis, enfim, fazer  o máximo de uso possível de cada peça.
     Minha meta agora é reduzir o consumo fútil. Tava revendo minhas compras dos últimos meses (talvez anos) e vi que comprei pouquíssimas coisas mesmo. Sempre que eu fazia uma grande doação vinha acompanhada com uma grande compra de reposição, o que não vai mais acontecer. Tenho roupas de todos os tipos, para o dia a dia, para eventos sociais, para festas onde preciso de vestidos longos.
     Mas e as outras coisas além das roupas? Bem, isso pretendo me desfazer ao longo do tempo, sem pressa e sem estress. Muitos de meus livros deixei que minha mãe levasse para o trabalho onde eles compartilham livros. Vou me desfazendo das coisas gradualmente quando souber qual será o uso e que serão bem utilizados. Vou procurar ser mais consciente antes de doar ou dar "só pra me livrar".
     Muitas pessoas mandam para "doação" coisas que consideram lixo e que querem apenas passar o problema para os outros. Se o problema é meu, vou procurar o melhor meio de lidar com ele, e não vou ficar mais passando essa responsabilidade para os outros.
     Mesmo que eu não tenha escrito no blog, esses meses e mais ainda esse tempo morando na casa do meu namorado com o que antes eu considerava o "minimo" agora vejo que ainda tenho muitas coisas em excesso e que pretendo procurar novas utilidades ao invés de simplesmente jogar fora ou doar sem cuidados.

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