domingo, 31 de janeiro de 2016

Chegou a composteira!

Bem, ontem chegou a composteira que tanto queríamos. Como teve problemas nos correios ficamos preocupadas com as minhocas mas chegaram bem. O local já estava pronto para a chegada delas. Rapidamente abri a caixa e comecei a fuçar. Claro que comecei a montar antes mesmo de ler o manual e fiz errado (mamãe sempre falou que preguiçoso trabalha dobrado). Como eu estava muito animada com a chegada nem liguei de ter que refazer. Já tinha bastante comida separada para as minhocas então de fome eu sabia que não iam morrer.
Bem, aqui em casa minha mãe gosta bastante de planta (inclusive temos um orquidário) mas com isso minha mãe gastava tempo e dinheiro indo atrás de humos de minhoca e adubo. Com a ideia de não produzir mais lixo voltamos a considerar a composteira e logo fomos atrás de uma na internet. Achei no site https://loja.moradadafloresta.eco.br/ .
Descobri esse site por causa de alto totalmente nada a ver mas apaixonei por ele quando vi a opção de fraldas reutilizáveis (e não estava pesquisando por isso mesmo porque não tenho filhos e não terei também tão cedo). Mas vi o vídeo e achei extremamente interessante para quem quer ter filhos e sempre que fico sabendo de alguém que planeja ter filhos indico como opção por ser prático e economizar uma boa grana.
Agora com a composteira a quantidade de lixo deve reduzir consideravelmente. Mas tem que lembrar também que compostagem é a última alternativa, já que a ordem é: Recusar - Reduzir – Reutilizar – Reciclar - Rot (compostagem) e a ordem deve ser mantida assim. A parte de reciclar aqui em casa é extremamente fácil, pois moro em um condômino que faz coleta seletiva (inclusive óleo e pilhas). Durante a obra aproveitamos alguns dos potes de massa corrida para fazer nossas próprias lixeiras de coleta seletiva (pontos positivos: foi de graça já que aproveitamos um item que iria para o lixo).

Para as pessoas que acham que reduzir o lixo é algo impossível quero avisar uma coisa: é muito mais fácil e possível do que se imagina. Você continua podendo tomar sua cerveja e seu vinho em paz, comprar pão na padaria e até refrigerante. Hoje em dia essas coisas tudo podem ir para a reciclagem (pet, lata e afins) e rolha de vinho pode ser colocada na composteira. O que geramos de lixo pode facilmente ser reduzido a próximo de zero, basta uma readaptação. 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Opções alternativas – Shampoo e Condicionador


               Há uma semana parei de usar shampoo e condicionador. Peguei a receita mais comum que é bicarbonato de sódio e vinagre de maçã. No começo me pareceu bem estranha a ideia de lavar o cabelo com esses produtos. Mas, como assim? Bicarbonato? VINAGRE? Vinagre se coloca em salada pra comer! Que nojo colocar algo que se come no cabelo. Mas... E o que eu coloco no cabelo, então?
               Bem, antes dos smartphones e outras tecnologias a gente ficava lendo rótulo de shampoo e condicionador. Era o que tinha pra passar o tempo quando não se tinha muitas outras opções para fazer. E claro, a gente sempre se esquecia de levar uma revista para o banheiro de qualquer forma. Só porque eu não sei o que são os ingredientes do shampoo significam que são bons para o meu cabelo ou são bons pra quem lucra em cima disso?
               A primeira grande mudança no meu cabelo aconteceu quando eu passei a lavar o cabelo com água fria. Por sinal, estou falando de mudanças boas, não a época que estraguei meu cabelo com água oxigenada e descolorantes em pó de 2 reais na farmácia e pintava depois com anilina e violeta de genciana, se bem que se eu fosse pintar o cabelo hoje em dia ainda usaria esses ‘ingredientes’. Voltando a melhoria do cabelo, a água gelada fez milagres de hidratação. Ok que é horrível lavar o cabelo com água gelada em dias frios. Deram-me a dica de lavar o cabelo no tanque, mas também não rola ir até a área de serviço cada vez que quero lavar o cabelo. Então é isso, encarar a água gelada e fazer malabarismo para não cair água no resto do corpo.
               Depois de umas semanas com água fria todos começaram a notar a diferença no cabelo. Parecia bem mais hidratado, liso, limpo e bem cuidado. Claro que ninguém quis seguir a receita comigo de água gelada. Agora resolvi parar de usar shampoo e condicionador. Duvido que as pessoas também queiram fazer o mesmo, mas como sempre, faço por mim e não pelos outros. Única coisa que posso fazer é compartilhar as experiências.
               Eu assumo, achei que o bicarbonato e vinagre iam fazer milagres no meu cabelo. Bem, depois da água fria nada mais faz milagres pra mim. Mas também não estou reclamando. Teve grandes vantagens. Desde pequena eu perco MUITO cabelo. Lembro-me de quando eu tinha 10 anos e minha tia ficou horrorizada com o tanto de cabelo que eu perdia e que eu ia ficar careca. Preocupada, minha irmã veio conversar comigo. Explicou-me que eu poderia ter alguma doença ou distúrbio que causasse isso, mas que era pra eu pensar no lado positivo, que seria um barato poder ter várias perucas e trocar de cabelo todos os dias. Bem, isso tem 15 anos e ainda não estou careca (eu bem queria sair por aí com uma peruca azul).
Mas voltando ao assunto do bicarbonato, bem, a primeira sensação foi a de cabelo imediatamente limpo. Nunca senti o cabelo tão limpo. Ficou até áspero na hora que passei a água para enxaguar bem. Na hora que passei o vinagre isso já foi resolvido. Claro que o cabelo não desembaraça que nem com condicionador, mas tem seu lado bom. Para tirar o cheiro do vinagre basta enxaguar e pronto. Limpeza feita.
Bem, claro que errei algumas vezes antes de acertar. Na primeira vez não consegui bem acertar como distribuir o bicarbonato pelo cabelo e também não enxaguei o vinagre. Resultado: cabelo em 2 dias ficou oleoso e passei 3h sentido cheiro de vinagre até o cabelo secar. Não gostei. Na próxima lavagem resolvi passar o bicarbonato melhor, passava por baixo da cabeça por atrás da orelha pra distribuir bem. Gostei mais. Também passei vinagre no cabelo todo (menos na raiz) e enxaguei. Mesmo resultado só que sem cheiro. 2 dias sem lavar e nada de oleosidade! Quando li a primeira vez sobre o assunto descobri que a mulher lavava o cabelo 1x por semana e ele não ficava oleoso.

Mágica? Não... Simplesmente que essa receita equilibra a produção de oleosidade pelos fios. Já os shampoos químicos precisam que você use os produtos o máximo possível para acabarem logo e você comprar mais e mais. Existem outras receitas se shampoo e condicionador caseiros que pretendo testar ao longo do tempo. Só pesquisar na internet. Por enquanto quero usar mais um tempinho esse duo e ver como vai ficar o cabelo daqui para frente. Enquanto isso, pretendo agora começar a pesquisar receitas naturais para fazer em casa e não depender de produtos congelados, industrializados e cheios de conservantes. 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Primeira compra 'sem lixo'

Compras a granel
               Hoje me planejei para a minha primeira compra a granel com o objetivo de criar a menor quantidade de lixo possível. Foi incrível e saiu melhor que o esperado. Chegando na loja tive minha única decepção: o dono da loja não ensinou os vendedores a tirar a tara na balança então tive que gastar UM saco de plástico para pesar todos os meus produtos (um de cada vez, é claro).
Lixo gerado
               Tirando esse pequeno problema, o resto saiu melhor do que planejado. A atendente foi super simpática e amou a minha ideia (que na verdade não é minha, copiei dos blogs que citei na última postagem). Claro que adaptei um pouco a ideia. Aqui em casa não temos tantos potes de vidro, mas temos sim MUITOS potes de sorvete (que na preguiça a gente usa como tupperware). O bom do pote de sorvete é que um encaixa no outro, então ocupa pouquíssimo espaço na bolsa na hora de sair para as compras. Se for deixar no carro melhor ainda. Além disso não preciso me preocupar com o meu desastre ambulante, que provavelmente quebraria um pote de vidro só de ir olhando as estantes.
Separado nos potinhos
               O maravilhoso dessa compra foi que descobri novos aromas. Cada tempero com um cheiro delicioso que da vontade de nunca mais comer comida congelada. Vinagrete em flocos, cebola em flocos, caldo de carne em pó (ainda não sei se faz tanto mal quanto os em cubinhos industrializados) e até um tempero chamado “amo pizza e macarrão” que tem cheiro de orégano, alho, cebola e alguns outros temperos que meu nariz desacostumado não sabe identificar (leve em consideração que eu confundo salsinha com salsão no mercado).
               Quando fui passar no caixa minha próxima surpresa: a compra deu muito mais barato do que eu imaginava que daria! Além de comidas mais saudáveis e menos industrializadas, ainda paga-se mais barato por isso. E sempre usei a desculpa de: ah, mas da preguiça. Bem, é levemente mais complicado que ir ao mercado e pegar um saquinho de tempero, um de arroz, outro de lentilha e assim por diante, mas compensa, com certeza! Você recebe cheiros novos maravilhosos, vê ideias novas, tudo novo!
               Saindo da loja voltei ao mercado onde estacionei o carro. Coloquei as compras no carro e fui fazer compras de outros produtos que não tinha a granel. Aí que tive minha maior decepção do dia... Não estava preparada para comprar batata e acabei tendo que usar mais um saco plástico no dia, um apenas para pesar as batatas. Tirando isso só levei produtos facilmente recicláveis como garrafa de espumante para minha mãe e latinhas de energético pra mim (ainda vou parar com esse vicio, mas não é agora).
               Chegando em casa fui começar a organizar os produtos. Fui achando potes de vidro pra guardar os temperos. Se eu já estava animada com a ideia de reduzir lixo e tudo o mais, a minha certeza cresceu exponencialmente quando cheguei em casa. Vi o porque é tão importante uma vida mais sustentável, mais leve, mais simples... Criar o hábito de não ter tantas coisas em casa, ter realmente o essencial, só o que precisa de verdade.
               Eu e minha mãe somos um tanto frescas. Tudo tem que ser muito bem lavado, tem que ser bem vedado e tudo. Sempre procuramos reutilizar potes, mesmo que de plástico (por isso tínhamos tantos potes de sorvete). Sempre fomos ligadas a reutilizar e reciclar. Mas também não achei que seriamos tão naturais a ponto de ter nosso próprio potinho de criação de bichos... É, fiquei com nojo... Bastante nojo. Um pote cheio de bigato. Lembrei até de fazendas de formiga que via em filmes americanos.
Nossa própria criação de bigato
(que será jogada na composteira)
               Hoje comprei o livro “A Mágica da Arrumação - A Arte Japonesa de Colocar Ordem na Sua Casa e na Sua Vida” da Marie Kondo. Claro, comprei na versão Kindle já que o meu voltou a funcionar recentemente e fico muito feliz de poder ler os livros na forma digital, não gerando mais coisas para ocupar as estantes de casa. Lembrando dos 5 R’s: Recusar, Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Rot (apodrecer; colocar na composteira). Como tenho a opção de recusar livro em forma impressa e optar pela forma digital já é uma boa forma de evitar lixo futuro. O único contra é que quando acabar o livro não posso emprestar para os outros.

               Já gostei do livro no prefácio onde tinha uma declaração de uma ex-cliente da autora que dizia: "O curso me fez enxergar as coisas de que eu precisava e que não precisava. Então descobri que não precisava do meu marido e me divorciei". Assim que terminar a leitura pretendo juntar as ideias da Marie Kondo às outras que tenho colocado em prática para cada vez viver melhor e com menos (menos coisas, menos preocupação, menos lixo).

domingo, 24 de janeiro de 2016

Zero waste / Lixo zero

               Essa última semana estive estudando bastante as propostas sobre lixo zero. Li blogs vi vídeos e tudo o mais. Mas vamos começar do começo...
               Aqui em casa, eu e minha mãe, sempre fomos muito ligadas em reciclagem. Mas recentemente descobri que, o que eu achava que estava fazendo um grande bem, não passava da minha responsabilidade. Só separar o lixo não adianta. Ok, é um começo e é melhor que nada. Mas não é algo tão complexo e magnifico quanto eu achava que era.
               Com a ideia de reciclagem construímos a casa que moramos. Temos aproveitamento de água de chuva para regar as plantas e pras privadas. Isso reduziu em 50% nosso consumo de água. Além disso, temos aquecimento de água a luz solar e atualmente estamos estudando a colocação de células foto voltaicas. Mas mesmo com tudo isso continuamos gerando muito lixo. Lixo que vai parar em aterros sanitários, proliferar doenças, germes, bactérias, ratos, baratas...
               Com isso em mente comecei estudando os seguintes blogs:
               - http://www.umanosemlixo.com/
               - http://www.trashisfortossers.com/
               - http://www.zerowastehome.com/
               Já com o material estudado e bem fresco na cabeça resolvi começar a compartilhar as ideias com a minha mãe. Passamos a noite inteira estudando os blogs juntas, vendo vídeos, receitas e afins. Minha mãe apaixonou. Claro que, de um dia para o outro, não vamos simplesmente conseguir fazer milagre. Nem espero que a gente consiga, em 3 anos, ter apenas um potinho pra dizer que foi todo o lixo que geramos em 3 anos, mas todo mundo começa em algum lugar, não?
               O que antes era apenas “Reuse, Reduze e Recicle” virou “Recuse, Reduza, Reuse, Recicle e Rot (decompor)”. Para isso fomos atrás das coisas básicas, nossos primeiros passos, ou como os americanos falam: passos de bebê (baby steps). Compramos uma composteira (amo a internet, a gente acha tudo e ainda pode mandar entregar em casa!) e mason jars (uns potes de vidro com tampa e alça pra servir de caneca re-re-re-re-re-reutilizaveis).
               O legal da composteira é que eu sempre gostei de minhocas e agora vão chegar por volta de 300! Além disso vamos poder parar 100% de gerar lixo orgânico em casa. Além disso, minha mãe já se responsabilizou por fazer guardanapos de pano para carregarmos na bolsa para o kit básico.
               Kit básico:
               - Sacola de pano reutilizável (bom que aqui em casa já temos várias porque já tem tempo que preferimos elas às sacolas de pano de supermercado
               - Mason jar
               - Guardanapo de pano
               - Talheres de metal
               Esse kit é para se ter sempre na bolsa para qualquer lugar que vá nunca precisar gerar lixo. O que achamos que seria o mais difícil se provou ser um dos mais fáceis, comprar sem embalagens. Descobrimos uma loja aqui no bairro que vende a granel. Fomos e questionamos se poderíamos comprar levando nossos potes de vidro e pesando diretamente neles (e obviamente descontando o peso do vidro) e aceitaram. E fiquei impressionada! A loja tem coisas que eu nem imaginei que seria possível.
               Para casa o trio mais importante que existe (pelo que eu li) é vinagre (de maçã), bicarbonato de sódio e óleo de coco. Bem, o óleo encontramos nessa lojinha, então mais um ponto positivo para ela. O bom disso tudo é que obrigatoriamente teremos uma alimentação melhor. E já começou ontem mesmo. O que eu normalmente chegaria em casa e prepararia algo congelado (gerando muito lixo de embalagem) foi substituído por um sanduiche delicioso de pão francês com bastante azeite, queijo, presunto, pepino em conserva, alface e vinagrete.

               Em breve vou a loja com meus potes e compartilho as maravilhas que encontrei por lá. Tudo com cara de natural, saudável e não processado ou mergulhado em conservantes. 

domingo, 17 de janeiro de 2016

Opções alternativas – Desodorante

               Há 5 anos atrás tive um pequeno problema. Tudo começou com uma espinha interna. Pelo menos era o que eu achava na época. Senti um leve incomodo na axila, um carocinho. Já imaginei que seria uma espinha, que logo romperia a pele e eu me veria livre dela em poucos dias. Que engano! Umas duas semanas depois eu mal conseguia mover o braço esquerdo. Era um furúnculo de uns 4 centímetros. Minha mãe resolveu dar a dica de comprar uma pomada na farmácia que “puxaria” o furúnculo mais rapidamente.
               E foi o que fez. 3h depois de passar a pomada não mexia mais o braço. Minha mãe logo me levou ao médico pra saber como melhor proceder. Passei pela triagem e já informaram que provavelmente teria que fazer cirurgia. Quando encaminhada para a médica ela apenas confirmou. Teria que ser removido cirurgicamente, ali e agora. Perguntei se teria anestesia e ela, pra não me desanimar muito, disse que sim.
               A camada de pele era muito fina, e a anestesia não fez muito efeito. Todos os cortes que foram feitos eu senti. Chutava o ar, chorava e queria gritar. A dor era imensurável. Minha mãe disse ter se impressionado com a quantidade de pus que saiu da minha axila. Foram um total de 5 cortes. Todos apertados até parar de sair pus e passar a sair sangue.
               Quando terminou sentei pra relaxar e respirar um pouco. Após acalmar a médica veio conversar comigo. Ela me explicou que eu teria que tomar antibiótico 4x por dia durante uma semana para não ter infecção. Além disso, que eu não poderia mais usar antitranspirante. Teria que passar a procurar por desodorante. Passava muito tempo no mercado olhando produto por produto pra diferenciar desodorante de antitranspirante. Comecei a pesquisar mais sobre o assunto.
               Descobri o tanto que antitranspirante faz mal. Além do meu caso de ter tido um furúnculo ele também aumenta as chances de desenvolver câncer de mama. Comecei a ficar preocupada e fui estudando meios alternativos. Descobri sobre o sabonete. Mentira, já tinha ouvido falar, mas como aos 20 a gente se acha imortal não damos importância pra essas coisas.
               A técnica do sabonete é extremamente fácil. Além de que ajuda a reduzir custo para você e ao meio ambiente. Basta sair do banho, pegar um sabonete e passar, que nem se passa aqueles desodorantes em barra. Para facilitar faço o seguinte: deixo uma saboneteira na pia com um sabonete (de preferência antibacteriano, mas os normais também funcionam). Como uso sabonete liquido para lavar as mãos esse sabonete fica exclusivamente na pia para isso. Quando saio do banho seco o corpo todo, pego o sabonete, passo a ponta na água e passo que nem desodorante.
               Tenho tido bem menos problemas com cheio e nunca mais tive qualquer espinha na região. Faço isso há aproximadamente 5 anos já e não sei mais o que é comprar sabonete desde então. Para manter o sabonete da pia sempre novo, assim que acaba o sabonete do chuveiro passo o que está na pia para o box e coloco um novo na pia.
               Antes não pensava tanto nessas coisas. Para mim já era algo normal e nunca pensei no quanto faço um bem para o meu corpo, deixando de usar produtos extremamente industrializados e que inibem o corpo de fazer o que é natural, transpirar. Atualmente estou interessada em mais coisas que posso substituir, como coletor menstrual no lugar de absorventes (internos e externos) e tenho me adaptado super bem. Talvez faça um post depois sobre o assunto.

               Meu próximo passo será testar a técnica do “no poo” que consiste em parar de usar produtos derivados de petróleo no cabelo. Bem, só essa explicação já me convenceu. Pretendo pesquisar um pouco mais sobre isso, testar e depois contar minha experiência.

               P.S. esqueci de falar antes, mas outra coisa que notei é que, sem desodorante ou antitranspirante, minhas roupas passaram a ficar muito menos amareladas nas axilas, o que tem sido outro ponto bastante positivo. Mantem o branco mais branco e o preto mais preto. 

domingo, 10 de janeiro de 2016

Como criar suas metas

               Ontem falei sobre a importância das metas, mas esqueci de deixar claro a melhor forma de decidi-las. O primeiro passo para criar suas próprias metas é se conhecendo melhor. Você tem que aprender quem você é para daí saber o que quer atingir. Dedique um tempo para analisar suas forças e fraquezas. Para isso, faça uma lista.

               Se não sabe quais as suas forças e fraquezas comece lembrando-se da época de escola. O que mais gostava? Em quais matérias se destacava? Em quais tinha mais dificuldade? Além disso, comece a prestar atenção no seu dia a dia. Quais tarefas você realiza com maior facilidade? O que demanda mais atenção e tempo? E não deixe nada de fora. Até aptidão para redes sociais pode ser acrescentado a sua lista. Lembre-se que há muitos autônomos que trabalham com redes sociais, como por exemplo, para divulgar produtos e serviços.
               Com a lista já completa mostre-a aos amigos e parentes. As vezes cobramos demais de nos mesmos e achamos que somos ruins em algo quando na verdade não somos. O mesmo vale pra acharmos que fazemos algo muito bem e às vezes, quem vê de fora, pode apontar onde estão nossos erros. Encare as críticas como uma forma positiva de aprendizado, mesmo porque quem quer seu bem vai ser sempre sincero com você, e quem quer seu mal pode concordar com tudo só pra você se “dar mal” no futuro.
               Agora sabendo seus pontos fortes e fracos fica mais fácil estabelecer metas concretas e plausíveis. Crie, agora, metas concretas e se de prazos possíveis para a realização de cada uma delas. Para metas de longo prazo, procure quebra-las em metas menores pra sempre se manter motivado, ou se não for possível, escreva o maior numero de detalhes sobre elas, como passo-a-passo, coisas importantes para conquista-las e assim por diante. De preferência anote tudo e deixe num local visível ou de fácil acesso e olhe para elas frequentemente para nunca se esquecer delas e poder cada vez se motivar mais.


               As vezes olhando-as você vai ver que ao longo do tempo o que era importante hoje, já não é mais importante amanhã e você pode ir substituindo as metas como achar melhor. Você é a melhor pessoa pra saber do que você precisa, e confie sempre em você mesmo.

sábado, 9 de janeiro de 2016

E já começou! 1 passo e metas futuras

               As palavras tem uma força incrível. Só de saber que eu estava colocando-as aqui, onde qualquer um poderia acessá-las já me deu uma força enorme para fazer o que devo fazer. Mas e o que é que devo fazer?
               Recentemente comecei a ler o livro Organize Melhor o Seu Tempo de Lyndon Jones e Paul Loftus. Comprei porque sempre me vejo reclamando de falta de tempo. A gente sempre quer mais tempo. Nunca da tempo pra fazermos o que queremos. Mas, o que queremos? Todos têm as mesmas 24h por dia, mas porque uns parecem mais felizes e satisfeitos com o seu tempo?
               Já nas paginas iniciais descobri meu problema, a falta de metas e objetivos. Sempre tendo tanto medo de começar algo novo e fracassar que acabo nunca fazendo nada. E tem vezes que me vejo perdendo horas e horas olhando feeds inúteis nas redes sociais e no final do dia ainda me sinto cansada (Cansada de que? Não fazer nada? Estranho, não?).
               Desde pequenos somos criados para sermos competitivos. E nessa competição desenfreada passamos a ter um medo terrível do fracasso. Pra que começar um jogo se temos a chance de perder? Ao vencedor, tudo. E ao perdedor? Nada... E, pra piorar, as vezes ainda tem que pagar uma prenda, enfrentar uma humilhação.
               Nesse período na faculdade tive uma matéria sensacional que me fez rever todos esses conceitos. Aprendi que existem brincadeiras para se fazer com crianças que exaltem a todos e não apenas um. Brincadeiras coletivas onde, pra vencer, precisa de um trabalho em equipe para que todos vençam, porque se um ficar de fora, aí todos perdem. Uma dessas brincadeiras foi o famoso jogo das cadeiras, onde cada vez tira uma cadeira. Só que com uma pequena modificação, o jogo muda completamente. A cada rodada saem às cadeiras, não os participantes. No final da brincadeira resta apenas uma cadeira e todos precisam pensar na melhor forma de se organizarem para todos conseguirem “sentar” nessa única cadeira. É uma brincadeira onde ninguém fica de fora simplesmente observando os outros continuando na brincadeira. Não tem estresse, empurra-empurra e ninguém chateado. Nos mesmos brincamos disso. 20 alunos com idades entre 20 e 45 anos brincando de dança das cadeiras e todos saímos com sorriso de orelha a orelha super felizes e nos divertimos muito.
               Por que, então, precisamos ser tão competitivos? O mundo quer isso de nos. O capitalismo sobrevive dessa competitividade e, com isso, aprendemos que ou somos os melhores em algo ou somos o fracasso. Daí surge todo o medo de começar algo. Ou quando começamos, começamos sempre com um pé atrás, com medo de falhar, com medo de que os outros saibam que tentamos e falhamos, porque isso nos faz passar vergonha.
               E quando os outros não estão olhando? Isso já está tão enraizado que até criar metas para nos mesmos e falharmos é vergonhoso. Sentimo-nos mal e incapazes e não deveria ser assim. Só vai errar quem nunca tentar. E os outros? Desculpem o palavreado, mas os outros que se fodam! Se alguém está torcendo pelo seu fracasso deixe-o. Simplesmente significa que ele tem medo de tentar, que tem inveja do que você está fazendo, porque você pelo menos está tentando.
               Eu já fiz metas e que não consegui cumprir. Uma vez quis fazer a meta de 1 livro por semana. Me lasquei, mudança, troca de universidade, as aulas começaram a ficar mais puxadas, tudo junto fez com que eu largasse tudo. Mas, deveria? Porque eu não pude me dar uma folga, entender que contra tempos existem e assim que as dificuldades passassem retomar minha meta? Poderia não acabar lendo os 52 livros no ano que era o que pretendia inicialmente, mas com certeza teria terminado o ano lendo muito mais livros do que de fato terminei. Uma pena, mas aprendi com o erro.
               O fracasso não é o pior que pode acontecer a alguém. O pior é o não tentar, ou o tentar e desistir no primeiro obstáculo. Se não conseguiu, tenta de novo, continua tentando que uma hora consegue. Mas se parar, aí nunca vai alcançar nada.
               Ontem me senti super empolgada, terminei o post aqui no blog e resolvi procurar o que arrumar e me desfazer no meu quarto. Estava certa de que conseguiria muita coisa! Depois de quase 4h tudo que consegui foi jogar fora 1 sacola de papeis velhos sem utilidade e separei uns 6 livros pra doação. Na hora que vi o resultado final, fiquei um pouco desanimada. Poxa, gastei tanto tempo e esforço pra isso?
               Mas peraí! Por que me sentir assim? Poxa! Livrei um pouco mais a minha casa de coisas que não preciso. Fiz muito mais do que se tivesse apenas ficado nas redes sociais vendo vídeos fofos de gatinhos (e olha que sou apaixonada por eles). Fiz minha casa e minha alma ficarem mais leves e só tenho do que me orgulhar disso. Achei que poderia jogar mais coisa fora e não consegui, mas paciência. Foi mais do que nada.
               Agora é hora de pensar em outras metas. Há quase um ano comprei um livro sobre programação. Queria aprender. Que hora melhor pra começar que agora? Por que não transformo isso em uma meta de médio prazo? Para fazer metas precisamos saber bem o que queremos e estabelecermos um prazo. Mas e se o prazo passar e não tiver conseguido? Paciência crie outro prazo e a vida segue. E se conseguir no prazo? Parabéns! Aproveite e se dê um presente para comemorar. Presente podendo ser qualquer coisa, desde algo que você queria comprar até um dia livre com direito a passeio no parque.
               Então vamos as minhas?
               -Aprender programação básica em 6 meses (ler o livro de programação e entender).
               -Começar o curso superior de Análise e Desenvolvimento de Sistemas a distância ainda esse semestre.
               -Passar em todas as matérias desse período na faculdade (de preferência ainda semana que vem já que ainda estou cursando 2015.2).

               -Diminuir radicalmente o consumo. De preferência cumprir a meta de 1 ano sem comprar roupas (abro uma única exceção pois estou há um bom tempo querendo uma boa calça legging preta). 
               -Comprar uma boa caixa de ferramentas já que normalmente sou eu quem faço os pequenos reparos aqui em casa (elétricos e no computador) e perco mais tempo procurando ferramentas adequadas que fazendo o serviço.
              -Melhorar minhas técnicas de escrita, pois sei que perco muito o foco e eu mesma me perco no que quero passar para os outros.
               Por enquanto são apenas essas. Ao longo do tempo vou revisando essas que já fiz e incluindo novas conforme vou tendo necessidade.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Meu próprio recomeço...

               Há anos quero criar um blog, mas sobre o que? Sempre tantas ideias e sempre tanta preguiça para por em prática. E se não der certo? E se eu fracassar? E se...? Mas tem também o outro lado. Sempre gostei muito de falar, contar histórias e tudo o mais. Inclusive amigos já me pediram que eu escrevesse um livro das histórias bizarras que conheço, vivenciei, de parentes ou de amigos. Sempre uma boa história pra contar.
               Como nunca levei a sério fazer um blog (já tentei algumas vezes) nunca soube se daria certo ou não. Uma vez fiz um enquanto estava viajando e tive um feedback bastante positivo, mas logo a viagem acabou e, junto com isso, o blog.
               Ainda parece que nunca tenho sobre o que escrever, mas são tantas coisas ao mesmo tempo. Então vai um pouco mais sobre mim antes de começar. Tenho 25 anos, estou cursando Estatística numa Universidade pública. Tenho um namorado a 800km de distância (ohhh sofrência). Estou sempre a procura de coisas novas, mas adoro o antigo. Gosto de livros, mangás, gibis, animes, seriados e tenho um vício especial por jogos online (que por sinal foi onde conheci meu namorado).
               Sou sempre muito curiosa. Sou aquela pessoa que sai abrindo aba de tudo quanto é assunto que achou interessante para poder se aprofundar mais. Sempre fui, também, muito pão dura. Desde pequena economizava as moedas que ganhava pra comprar bala. Para que eu comesse no colégio minha mãe tinha que me dar uma mesada e fazer conta na cantina, porque senão eu deixava de comer pra economizar o dinheiro do lanche. Hoje em dia acabei melhorando um pouco isso.
               Em parte melhorei até demais. O consumismo tá desenfreado. Não sei a origem mas uma frase que me marcou muito que vi na internet foi: “Compramos coisas que não precisamos, com dinheiro que não temos, pra impressionar pessoas de quem não gostamos”. E eu acabei entrando nessa onda também. Tenho roupas que não combinam em nada comigo e nem caem bem, simplesmente porque são “de marca” pra poder “impressionar” quem eu nem gosto ou conheço.

O original que doamos
               Até que recentemente comecei a acompanhar o blog http://lessisthenewblack.com.br/ da Daniela Kopsch e vi que eu perdia tempo demais tentando agradar os outros e, por consequência me desgastando fisicamente e emocionalmente. Mas e agora? Tenho um guarda-roupa com 200 ou mais peças. Amei a ideia de se desfazer de tudo e ficar com apenas 50, mas não tenho coragem ainda, mesmo porque muitas das roupas que tenho foram “fast fashion”, peças baratinhas e de péssima qualidade. Muitas na primeira lavagem já começam a descosturar, desbotar, desgastar e apresentar furos. Então adaptei uma nova meta para mim mesma, a de repensar todas as minhas compras.
               Mas só isso não basta. E todos os livros que acumulei ao longo dessa vida? E não só eu como minha mãe e irmã. Livros que nos apegamos e não queremos vender ou doar. Livros que estão aos poucos apodrecendo nas estantes e ocupando espaço desnecessário. Mas o que acho pior disso tudo é que, fazendo isso, estamos segurando conhecimento. Um livro que não temos intenção de ler novamente, qual a utilidade? Só enfeitar a estante? Durante muito tempo pensei assim. Sou mais apegada aos livros que às roupas, até!
O Milagre da Fernanda
               O bom que estou aprendendo a me desfazer desses pequenos vícios. E não só eu, estou obrigando a minha mãe a fazer comigo, e vice versa. O Blog da Daniela me levou a querer liberar espaço nos armários, mas pouco tempo antes eu já havia feito uma limpa no meu armário quando me mudei e vi que o excesso de roupas estava dificultando a mudança de uma casa para a outra. Nisso foi metade do meu guarda-roupa. Então apareceu um anjo na minha vida, a Fernanda La Ruina. Ela pega roupas usadas, lençóis velhos, tecidos novos, fitas ou o que pudermos doar para fazer roupas para meninas carentes além de outros trabalhos comunitários. Bem, eu não tinha roupa pra me desapegar, mas a minha mãe tinha uma coleção de saiões hippies que não usava há um bom tempo. Fui atrás da minha mãe e a convenci a liberar espaço de guarda-roupa e, ao mesmo tempo, fazer um bem a outra pessoa. Liberou metade de uma arara, acho que foram por volta de 8 saias.
               Mas não sou só eu nessa onda de reduzir aqui em casa não. Outro dia foi minha mãe que me puxou para uma “faxina” dessas. Onde ela trabalha o pessoal criou uma mesa de troca de livros. Circular o conhecimento! Sentamos uma tarde e fomos selecionando títulos bons mas os quais não pretendíamos voltar a ler. No total ela levou duas sacolas enormes de livro. Seria bom se mais pessoas criassem essa consciência de compartilhar.
               E falando em compartilhar, outra coisa bem legal é o site http://www.temacucar.com/ que foi projetado para empréstimos entre vizinhos. Imagina que você precisa de algo apenas por alguns dias, nem sempre vale a pena comprar um novo se tem alguém próximo que tenha e possa emprestar. Normalmente quando precisamos de algo nosso primeiro pensamento sempre é: putz, terei que ir atrás de comprar. Mas porque não começamos a pensar: será que alguém tem pra emprestar?
               Vamos procurar por um consumo mais consciente para um planeta melhor e em tempos de crise como a que o país está passando, trocar em vez de comprar vai ajudar o bolso de muita gente. Estou dando meus primeiros passos para uma mudança permanente em mim mesma, e espero que mais pessoas se unam nessas correntes.