sábado, 9 de janeiro de 2016

E já começou! 1 passo e metas futuras

               As palavras tem uma força incrível. Só de saber que eu estava colocando-as aqui, onde qualquer um poderia acessá-las já me deu uma força enorme para fazer o que devo fazer. Mas e o que é que devo fazer?
               Recentemente comecei a ler o livro Organize Melhor o Seu Tempo de Lyndon Jones e Paul Loftus. Comprei porque sempre me vejo reclamando de falta de tempo. A gente sempre quer mais tempo. Nunca da tempo pra fazermos o que queremos. Mas, o que queremos? Todos têm as mesmas 24h por dia, mas porque uns parecem mais felizes e satisfeitos com o seu tempo?
               Já nas paginas iniciais descobri meu problema, a falta de metas e objetivos. Sempre tendo tanto medo de começar algo novo e fracassar que acabo nunca fazendo nada. E tem vezes que me vejo perdendo horas e horas olhando feeds inúteis nas redes sociais e no final do dia ainda me sinto cansada (Cansada de que? Não fazer nada? Estranho, não?).
               Desde pequenos somos criados para sermos competitivos. E nessa competição desenfreada passamos a ter um medo terrível do fracasso. Pra que começar um jogo se temos a chance de perder? Ao vencedor, tudo. E ao perdedor? Nada... E, pra piorar, as vezes ainda tem que pagar uma prenda, enfrentar uma humilhação.
               Nesse período na faculdade tive uma matéria sensacional que me fez rever todos esses conceitos. Aprendi que existem brincadeiras para se fazer com crianças que exaltem a todos e não apenas um. Brincadeiras coletivas onde, pra vencer, precisa de um trabalho em equipe para que todos vençam, porque se um ficar de fora, aí todos perdem. Uma dessas brincadeiras foi o famoso jogo das cadeiras, onde cada vez tira uma cadeira. Só que com uma pequena modificação, o jogo muda completamente. A cada rodada saem às cadeiras, não os participantes. No final da brincadeira resta apenas uma cadeira e todos precisam pensar na melhor forma de se organizarem para todos conseguirem “sentar” nessa única cadeira. É uma brincadeira onde ninguém fica de fora simplesmente observando os outros continuando na brincadeira. Não tem estresse, empurra-empurra e ninguém chateado. Nos mesmos brincamos disso. 20 alunos com idades entre 20 e 45 anos brincando de dança das cadeiras e todos saímos com sorriso de orelha a orelha super felizes e nos divertimos muito.
               Por que, então, precisamos ser tão competitivos? O mundo quer isso de nos. O capitalismo sobrevive dessa competitividade e, com isso, aprendemos que ou somos os melhores em algo ou somos o fracasso. Daí surge todo o medo de começar algo. Ou quando começamos, começamos sempre com um pé atrás, com medo de falhar, com medo de que os outros saibam que tentamos e falhamos, porque isso nos faz passar vergonha.
               E quando os outros não estão olhando? Isso já está tão enraizado que até criar metas para nos mesmos e falharmos é vergonhoso. Sentimo-nos mal e incapazes e não deveria ser assim. Só vai errar quem nunca tentar. E os outros? Desculpem o palavreado, mas os outros que se fodam! Se alguém está torcendo pelo seu fracasso deixe-o. Simplesmente significa que ele tem medo de tentar, que tem inveja do que você está fazendo, porque você pelo menos está tentando.
               Eu já fiz metas e que não consegui cumprir. Uma vez quis fazer a meta de 1 livro por semana. Me lasquei, mudança, troca de universidade, as aulas começaram a ficar mais puxadas, tudo junto fez com que eu largasse tudo. Mas, deveria? Porque eu não pude me dar uma folga, entender que contra tempos existem e assim que as dificuldades passassem retomar minha meta? Poderia não acabar lendo os 52 livros no ano que era o que pretendia inicialmente, mas com certeza teria terminado o ano lendo muito mais livros do que de fato terminei. Uma pena, mas aprendi com o erro.
               O fracasso não é o pior que pode acontecer a alguém. O pior é o não tentar, ou o tentar e desistir no primeiro obstáculo. Se não conseguiu, tenta de novo, continua tentando que uma hora consegue. Mas se parar, aí nunca vai alcançar nada.
               Ontem me senti super empolgada, terminei o post aqui no blog e resolvi procurar o que arrumar e me desfazer no meu quarto. Estava certa de que conseguiria muita coisa! Depois de quase 4h tudo que consegui foi jogar fora 1 sacola de papeis velhos sem utilidade e separei uns 6 livros pra doação. Na hora que vi o resultado final, fiquei um pouco desanimada. Poxa, gastei tanto tempo e esforço pra isso?
               Mas peraí! Por que me sentir assim? Poxa! Livrei um pouco mais a minha casa de coisas que não preciso. Fiz muito mais do que se tivesse apenas ficado nas redes sociais vendo vídeos fofos de gatinhos (e olha que sou apaixonada por eles). Fiz minha casa e minha alma ficarem mais leves e só tenho do que me orgulhar disso. Achei que poderia jogar mais coisa fora e não consegui, mas paciência. Foi mais do que nada.
               Agora é hora de pensar em outras metas. Há quase um ano comprei um livro sobre programação. Queria aprender. Que hora melhor pra começar que agora? Por que não transformo isso em uma meta de médio prazo? Para fazer metas precisamos saber bem o que queremos e estabelecermos um prazo. Mas e se o prazo passar e não tiver conseguido? Paciência crie outro prazo e a vida segue. E se conseguir no prazo? Parabéns! Aproveite e se dê um presente para comemorar. Presente podendo ser qualquer coisa, desde algo que você queria comprar até um dia livre com direito a passeio no parque.
               Então vamos as minhas?
               -Aprender programação básica em 6 meses (ler o livro de programação e entender).
               -Começar o curso superior de Análise e Desenvolvimento de Sistemas a distância ainda esse semestre.
               -Passar em todas as matérias desse período na faculdade (de preferência ainda semana que vem já que ainda estou cursando 2015.2).

               -Diminuir radicalmente o consumo. De preferência cumprir a meta de 1 ano sem comprar roupas (abro uma única exceção pois estou há um bom tempo querendo uma boa calça legging preta). 
               -Comprar uma boa caixa de ferramentas já que normalmente sou eu quem faço os pequenos reparos aqui em casa (elétricos e no computador) e perco mais tempo procurando ferramentas adequadas que fazendo o serviço.
              -Melhorar minhas técnicas de escrita, pois sei que perco muito o foco e eu mesma me perco no que quero passar para os outros.
               Por enquanto são apenas essas. Ao longo do tempo vou revisando essas que já fiz e incluindo novas conforme vou tendo necessidade.

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