sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Meu próprio recomeço...

               Há anos quero criar um blog, mas sobre o que? Sempre tantas ideias e sempre tanta preguiça para por em prática. E se não der certo? E se eu fracassar? E se...? Mas tem também o outro lado. Sempre gostei muito de falar, contar histórias e tudo o mais. Inclusive amigos já me pediram que eu escrevesse um livro das histórias bizarras que conheço, vivenciei, de parentes ou de amigos. Sempre uma boa história pra contar.
               Como nunca levei a sério fazer um blog (já tentei algumas vezes) nunca soube se daria certo ou não. Uma vez fiz um enquanto estava viajando e tive um feedback bastante positivo, mas logo a viagem acabou e, junto com isso, o blog.
               Ainda parece que nunca tenho sobre o que escrever, mas são tantas coisas ao mesmo tempo. Então vai um pouco mais sobre mim antes de começar. Tenho 25 anos, estou cursando Estatística numa Universidade pública. Tenho um namorado a 800km de distância (ohhh sofrência). Estou sempre a procura de coisas novas, mas adoro o antigo. Gosto de livros, mangás, gibis, animes, seriados e tenho um vício especial por jogos online (que por sinal foi onde conheci meu namorado).
               Sou sempre muito curiosa. Sou aquela pessoa que sai abrindo aba de tudo quanto é assunto que achou interessante para poder se aprofundar mais. Sempre fui, também, muito pão dura. Desde pequena economizava as moedas que ganhava pra comprar bala. Para que eu comesse no colégio minha mãe tinha que me dar uma mesada e fazer conta na cantina, porque senão eu deixava de comer pra economizar o dinheiro do lanche. Hoje em dia acabei melhorando um pouco isso.
               Em parte melhorei até demais. O consumismo tá desenfreado. Não sei a origem mas uma frase que me marcou muito que vi na internet foi: “Compramos coisas que não precisamos, com dinheiro que não temos, pra impressionar pessoas de quem não gostamos”. E eu acabei entrando nessa onda também. Tenho roupas que não combinam em nada comigo e nem caem bem, simplesmente porque são “de marca” pra poder “impressionar” quem eu nem gosto ou conheço.

O original que doamos
               Até que recentemente comecei a acompanhar o blog http://lessisthenewblack.com.br/ da Daniela Kopsch e vi que eu perdia tempo demais tentando agradar os outros e, por consequência me desgastando fisicamente e emocionalmente. Mas e agora? Tenho um guarda-roupa com 200 ou mais peças. Amei a ideia de se desfazer de tudo e ficar com apenas 50, mas não tenho coragem ainda, mesmo porque muitas das roupas que tenho foram “fast fashion”, peças baratinhas e de péssima qualidade. Muitas na primeira lavagem já começam a descosturar, desbotar, desgastar e apresentar furos. Então adaptei uma nova meta para mim mesma, a de repensar todas as minhas compras.
               Mas só isso não basta. E todos os livros que acumulei ao longo dessa vida? E não só eu como minha mãe e irmã. Livros que nos apegamos e não queremos vender ou doar. Livros que estão aos poucos apodrecendo nas estantes e ocupando espaço desnecessário. Mas o que acho pior disso tudo é que, fazendo isso, estamos segurando conhecimento. Um livro que não temos intenção de ler novamente, qual a utilidade? Só enfeitar a estante? Durante muito tempo pensei assim. Sou mais apegada aos livros que às roupas, até!
O Milagre da Fernanda
               O bom que estou aprendendo a me desfazer desses pequenos vícios. E não só eu, estou obrigando a minha mãe a fazer comigo, e vice versa. O Blog da Daniela me levou a querer liberar espaço nos armários, mas pouco tempo antes eu já havia feito uma limpa no meu armário quando me mudei e vi que o excesso de roupas estava dificultando a mudança de uma casa para a outra. Nisso foi metade do meu guarda-roupa. Então apareceu um anjo na minha vida, a Fernanda La Ruina. Ela pega roupas usadas, lençóis velhos, tecidos novos, fitas ou o que pudermos doar para fazer roupas para meninas carentes além de outros trabalhos comunitários. Bem, eu não tinha roupa pra me desapegar, mas a minha mãe tinha uma coleção de saiões hippies que não usava há um bom tempo. Fui atrás da minha mãe e a convenci a liberar espaço de guarda-roupa e, ao mesmo tempo, fazer um bem a outra pessoa. Liberou metade de uma arara, acho que foram por volta de 8 saias.
               Mas não sou só eu nessa onda de reduzir aqui em casa não. Outro dia foi minha mãe que me puxou para uma “faxina” dessas. Onde ela trabalha o pessoal criou uma mesa de troca de livros. Circular o conhecimento! Sentamos uma tarde e fomos selecionando títulos bons mas os quais não pretendíamos voltar a ler. No total ela levou duas sacolas enormes de livro. Seria bom se mais pessoas criassem essa consciência de compartilhar.
               E falando em compartilhar, outra coisa bem legal é o site http://www.temacucar.com/ que foi projetado para empréstimos entre vizinhos. Imagina que você precisa de algo apenas por alguns dias, nem sempre vale a pena comprar um novo se tem alguém próximo que tenha e possa emprestar. Normalmente quando precisamos de algo nosso primeiro pensamento sempre é: putz, terei que ir atrás de comprar. Mas porque não começamos a pensar: será que alguém tem pra emprestar?
               Vamos procurar por um consumo mais consciente para um planeta melhor e em tempos de crise como a que o país está passando, trocar em vez de comprar vai ajudar o bolso de muita gente. Estou dando meus primeiros passos para uma mudança permanente em mim mesma, e espero que mais pessoas se unam nessas correntes.

2 comentários:

  1. Bia! Cabe boa em Beatriz?
    Que legal. Sabe, desde sempre também quero montar um blog e faço os mesmo questionamentos do início do texto, então te parabenizo pela coragem e por começar e inspirar outras pessoas. Te desejo sorte, não pare! Conte tudo, aposto que terá muitas coisas para compartilhar e dividir conosco! Mil beijo. (=
    Steph

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    Respostas
    1. Obrigada pelo apoio! E pode me chamar de Bia sim. É sim difícil a coragem de dar o primeiro passo, mas vale a pena. E outra, e se falhar? Só falha quem tentou algo. A única certeza de não falharmos é nunca tentar.
      Tirei forças principalmente de um livro que comecei a ler recentemente: Organize Melhor o Seu Tempo de Lyndon Jones e Paul Loftus. O livro já começa falando sobre estabelecer metas e parar de procrastinar Pretendo me aprofundar sobre o assunto em posts futuros. Espero que goste dos textos que virão e que sirva de apoio para que você corra atrás dos seus próprios sonhos.
      “Se você mira as estrelas, com certeza não acabará com as mãos cheias de lama.”
      E você nunca saberá se não tentar. E quando resolver fazer seu próprio blog, me avisa pra eu dar uma olhada, por favor! :D

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