Compras a granel |
Hoje
me planejei para a minha primeira compra a granel com o objetivo de criar a
menor quantidade de lixo possível. Foi incrível e saiu melhor que o esperado.
Chegando na loja tive minha única decepção: o dono da loja não ensinou os
vendedores a tirar a tara na balança então tive que gastar UM saco de plástico
para pesar todos os meus produtos (um de cada vez, é claro).
Lixo gerado |
Tirando
esse pequeno problema, o resto saiu melhor do que planejado. A atendente foi
super simpática e amou a minha ideia (que na verdade não é minha, copiei dos
blogs que citei na última postagem). Claro que adaptei um pouco a ideia. Aqui
em casa não temos tantos potes de vidro, mas temos sim MUITOS potes de sorvete
(que na preguiça a gente usa como tupperware). O bom do pote de sorvete é que
um encaixa no outro, então ocupa pouquíssimo espaço na bolsa na hora de sair
para as compras. Se for deixar no carro melhor ainda. Além disso não preciso me
preocupar com o meu desastre ambulante, que provavelmente quebraria um pote de
vidro só de ir olhando as estantes.
Separado nos potinhos |
O
maravilhoso dessa compra foi que descobri novos aromas. Cada tempero com um
cheiro delicioso que da vontade de nunca mais comer comida congelada. Vinagrete
em flocos, cebola em flocos, caldo de carne em pó (ainda não sei se faz tanto
mal quanto os em cubinhos industrializados) e até um tempero chamado “amo pizza
e macarrão” que tem cheiro de orégano, alho, cebola e alguns outros temperos
que meu nariz desacostumado não sabe identificar (leve em consideração que eu
confundo salsinha com salsão no mercado).
Quando
fui passar no caixa minha próxima surpresa: a compra deu muito mais barato do
que eu imaginava que daria! Além de comidas mais saudáveis e menos
industrializadas, ainda paga-se mais barato por isso. E sempre usei a desculpa
de: ah, mas da preguiça. Bem, é levemente mais complicado que ir ao mercado e
pegar um saquinho de tempero, um de arroz, outro de lentilha e assim por diante,
mas compensa, com certeza! Você recebe cheiros novos maravilhosos, vê ideias
novas, tudo novo!
Saindo
da loja voltei ao mercado onde estacionei o carro. Coloquei as compras no carro
e fui fazer compras de outros produtos que não tinha a granel. Aí que tive
minha maior decepção do dia... Não estava preparada para comprar batata e
acabei tendo que usar mais um saco plástico no dia, um apenas para pesar as
batatas. Tirando isso só levei produtos facilmente recicláveis como garrafa de
espumante para minha mãe e latinhas de energético pra mim (ainda vou parar com
esse vicio, mas não é agora).
Chegando
em casa fui começar a organizar os produtos. Fui achando potes de vidro pra
guardar os temperos. Se eu já estava animada com a ideia de reduzir lixo e tudo
o mais, a minha certeza cresceu exponencialmente quando cheguei em casa. Vi o
porque é tão importante uma vida mais sustentável, mais leve, mais simples...
Criar o hábito de não ter tantas coisas em casa, ter realmente o essencial, só
o que precisa de verdade.
Eu
e minha mãe somos um tanto frescas. Tudo tem que ser muito bem lavado, tem que
ser bem vedado e tudo. Sempre procuramos reutilizar potes, mesmo que de
plástico (por isso tínhamos tantos potes de sorvete). Sempre fomos ligadas a reutilizar
e reciclar. Mas também não achei que seriamos tão naturais a ponto de ter nosso
próprio potinho de criação de bichos... É, fiquei com nojo... Bastante nojo. Um
pote cheio de bigato. Lembrei até de fazendas de formiga que via em filmes
americanos.
Nossa própria criação de bigato (que será jogada na composteira) |
Hoje
comprei o livro “A Mágica da Arrumação - A Arte Japonesa de Colocar Ordem na
Sua Casa e na Sua Vida” da Marie Kondo. Claro, comprei na versão Kindle já que
o meu voltou a funcionar recentemente e fico muito feliz de poder ler os livros
na forma digital, não gerando mais coisas para ocupar as estantes de casa.
Lembrando dos 5 R’s: Recusar, Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Rot (apodrecer;
colocar na composteira). Como tenho a opção de recusar livro em forma impressa
e optar pela forma digital já é uma boa forma de evitar lixo futuro. O único
contra é que quando acabar o livro não posso emprestar para os outros.
Já
gostei do livro no prefácio onde tinha uma declaração de uma ex-cliente da
autora que dizia: "O curso me fez enxergar as coisas de que eu precisava
e que não precisava. Então descobri que não precisava do meu marido e me
divorciei". Assim que terminar a leitura pretendo juntar as ideias
da Marie Kondo às outras que tenho colocado em prática para cada vez viver
melhor e com menos (menos coisas, menos preocupação, menos lixo).
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